Poeta pintor impressionista e musical,
vês bem — sem saber relacionar convenções com conversas.
O teu fluir existencial é vida em tantos.
Relacionas poemas com a riqueza intertextual da nossa hiperatividade,
com a efemeridade momentânea de um significativo sorriso.
É nisso que se resume a vida.
O conhecimento obsidiante do texto literário
pode ser a porta para combater a iletracia estética
que domina a nossa realidade amorosa e cultural,
o vácuo que retorna ciclicamente aos nossos sonhos.
Regressarás mais tarde a tudo —
vê isso, Bárbara, que és metáfora de rio —
às insolações de um texto sofrido,
arrancado a golpes de riso das agruras da preguiça.
Tropeça bem nas felicidades armadilhadas
que resistem nas frustrações de não bocejares frequentemente.
Vê isso, Bárbara:
és traçada por hibridismos,
cruzada por mutismos envergonhados e por cumprir,
quebrando as burocracias da vida,
seguindo em harmonia filarmónica.
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