terça-feira, 2 de setembro de 2025

Meias veias

 Tens nome de cidade

e veias salientes de vida.

Um riso de vida.

A cor das tuas emoções
transborda num sorriso.

Acabei de saber
que foste uma flor que cresceu em lugares escuros
e que, aos poucos, abraça a luz.

Cresces melhor assim.

Gosto de te poder acompanhar
nesse abraço tão teu
que, ao senti-lo,
estremeço.

A vida menstrua-se em ciclos.

Tens ainda nome de cidade
e é das ruínas do teu nome
que reergo os meus próprios sentidos —
como se fosse possível apagar as marcas dos passos,
ou descascar camadas da memória,
uma a uma.

Do sono saio desta sina.

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