Dobro uma esquina desconhecida - há sempre uma...
Que respira fora do mundo,
alheia a tudo,
sensatamente ausente.
Como cães vadios correm os minutos —
tropeço-lhes no olhar
e tento agarrar, em vão,
a coleira existencial.
Nela me entrelaço:
tenso, teso,
de memórias inventadas
ou reflexos de olhos cheios,
alheios
de gesto banal.
Agito o banal, esquecido,
e misturo gotas de irreal não experimentado.
Sangue seco que jorrou um dia
ao sabor
de uma tarde tranquila.
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